MindsEye: o game dos criadores de GTA é o pior de 2025?

MindsEye: o polêmico game dos criadores de GTA que divide opiniões em 2025

Descubra por que MindsEye, o jogo dos criadores de GTA, está sendo considerado um dos piores lançamentos de 2025.

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MindsEye

O universo dos games está em polvorosa com o lançamento de MindsEye, o projeto de estreia da Rebel Minds. Este novo estúdio é formado por veteranos da indústria, incluindo mentes criativas por trás da aclamada série Grand Theft Auto. A promessa é de uma revolução, mas a ambição desmedida levanta uma questão preocupante.

Lançado em 10 de junho de 2025 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, MindsEye se apresenta como um RPG de ação em um mundo cyberpunk. O hype é estratosférico, mas sussurros nos bastidores falam de um desenvolvimento conturbado. Será que estamos diante de um futuro clássico ou do maior fiasco da década?

A Narrativa: Uma Conspiração Distópica

Em um futuro distópico, na imensa e supervigiada Redrock City, o ex-soldado Jacob Díaz vive à sombra de um experimento mal-sucedido. Durante seu serviço militar, ele foi equipado com um implante neural experimental chamado MindsEye, uma tecnologia desenvolvida para ampliar a percepção e o controle mental dos soldados.

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Porém, após uma missão traumática, Jacob começa a sofrer apagões de memória, alucinações e a sensação constante de que sua mente não lhe pertence mais.

Tomado pela dúvida sobre o que é real e o que é manipulação, Jacob decide investigar a origem do implante que carrega em sua cabeça. Essa busca o leva ao desaparecido Hunter Morrison, o cientista por trás do projeto MindsEye, que sumiu misteriosamente após denúncias de que sua tecnologia estava sendo usada para fins de controle populacional pelas grandes corporações da cidade.

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À medida que Jacob se aprofunda na investigação, ele descobre que não é o único afetado. Outras pessoas que passaram pelo mesmo tipo de experimento agora vivem em estado de confusão mental, algumas completamente dominadas pela tecnologia. Ele precisa escapar de forças de segurança corporativas, mercenários contratados e da própria desconfiança de seus antigos aliados.

A cidade de Redrock, por trás de suas fachadas de neon e alta tecnologia, revela-se um labirinto de corrupção, espionagem e manipulação neural. Jacob enfrenta dilemas morais: destruir o sistema e libertar as mentes afetadas — incluindo a sua — ou aceitar que talvez o MindsEye seja o futuro inevitável da humanidade.

Durante a jornada, o protagonista reencontra fragmentos de sua própria história: memórias apagadas, traumas enterrados e escolhas feitas sob influência do implante. Ele passa a se questionar se alguma vez teve controle total de sua mente — ou se foi apenas uma peça num tabuleiro muito maior.

No clímax, ele precisa decidir: desativar o MindsEye, com risco de colapso cerebral, ou assumir o controle da tecnologia para usá-la contra o próprio sistema. A narrativa se fecha com tons ambíguos, deixando espaço para interpretações: Jacob venceu o sistema ou apenas trocou de cárcere?

Gameplay: Inovação ou Confusão?

A jogabilidade de MindsEye, o ambicioso título da Build a Rocket Boy, combina ação em terceira pessoa, combate armado e elementos narrativos dentro de uma ambientação futurista e distópica.

O jogo coloca o jogador no controle de Jacob Díaz, um ex-soldado que carrega um implante neural experimental e se vê envolvido em uma conspiração envolvendo corporações, tecnologia e controle mental. Apesar do cenário promissor e de visuais cinematográficos que impressionam à primeira vista, MindsEye sofre com uma série de problemas que comprometem a experiência.

No papel, o jogo oferece tiroteios intensos, sistema de cobertura, momentos furtivos e a promessa de habilidades ligadas ao implante neural — como distorção de percepção, hackeamento e visão avançada. Algumas dessas mecânicas, como a distorção mental do ambiente durante falhas no implante, criam momentos visuais interessantes.

No entanto, na prática, a execução deixa a desejar. O combate é muitas vezes engessado, com IA inimiga limitada e animações pouco polidas. As interações com o cenário são restritas, e a prometida liberdade de exploração é ilusória, com missões altamente guiadas e pouca abertura para criatividade tática.

Outro ponto problemático é a direção narrativa, que tenta emular o estilo de jogos como Cyberpunk 2077 e Control, mas tropeça em diálogos artificiais e transições abruptas.

Apesar da ambientação bem construída de Redrock City, a exploração se mostra superficial, com áreas amplas e vazias, e atividades secundárias pouco envolventes. A performance técnica do jogo também tem sido alvo de críticas, com bugs visuais, travamentos e quedas de frame rate, mesmo em máquinas potentes.

Em resumo, MindsEye é um jogo com ideias promissoras e visual impressionante, mas que falha ao entregar uma jogabilidade refinada e envolvente. O combate pouco responsivo, a linearidade disfarçada de mundo aberto e os problemas técnicos tornam a experiência frustrante. Ainda assim, há um potencial latente ali — mas que, por enquanto, permanece sob a sombra de suas ambições mal executadas.

Aspectos Técnicos: Ambição e Risco

Os aspectos técnicos de MindsEye são um dos pontos mais criticados do jogo, especialmente por contrastarem com a expectativa criada em torno de seu lançamento. Embora o título apresente uma estética visual marcante, com cenários urbanos detalhados, efeitos de luz neon e ambientação futurista, esses elementos acabam ofuscados por uma série de problemas técnicos que comprometem a imersão e a jogabilidade.

Desde o lançamento, jogadores relataram bugs recorrentes, incluindo personagens que atravessam objetos, missões que não progridem corretamente e falhas na renderização de cenários. Além disso, há problemas de performance, como quedas bruscas de taxa de quadros (frame rate), travamentos aleatórios e tempos de carregamento excessivamente longos, mesmo em plataformas mais potentes.

A inteligência artificial dos NPCs também é limitada, tanto em combate quanto na movimentação pela cidade, o que enfraquece a sensação de mundo vivo.

Outro ponto criticado é a otimização geral do jogo, que aparenta não ter sido suficientemente ajustada para garantir uma experiência fluida em diferentes configurações. Mesmo os menus e a interface apresentam inconsistências de design e pequenos erros que, embora não tornem o jogo injogável, afetam a experiência como um todo.

Apesar de contar com uma trilha sonora bem produzida e uma boa direção de arte, MindsEye sofre tecnicamente por não entregar o polimento esperado de um projeto tão ambicioso. O resultado é um jogo que impressiona visualmente em trailers, mas que na prática ainda precisa de melhorias significativas em sua base técnica para alcançar o nível de excelência prometido.

Lançamento problemático

Desde o primeiro dia, MindsEye enfrentou problemas sérios: bugs grotescos, travamentos, IA inconsistente, quedas bruscas de desempenho e uma interface mal otimizada, especialmente no PlayStation 5 e em PCs medianos. Muitos usuários relataram que o jogo se tornava injogável após poucos minutos.

O combate genérico, a exploração limitada e as missões repetitivas lembram jogos de uma década atrás. A crítica especializada apontou que MindsEye tenta emular o sucesso de jogos como Cyberpunk 2077 e Watch Dogs, mas sem alcançar o mesmo nível de profundidade ou inovação.

Além disso, a promessa de uma narrativa envolvente e cinematográfica se perdeu em diálogos artificiais e personagens rasos. Alguns veículos chegaram a comparar a história com “um filme de ação barato que você esquece assim que termina”.

Reação da comunidade

A recepção do público foi avassadora: a nota dos usuários no Metacritic despencou, e o jogo rapidamente virou piada nas redes sociais. Hashtags como #MindFail e #Cyberflop2 dominaram o Twitter na semana do lançamento.

Alguns streamers abandonaram transmissões ao vivo por não conseguirem concluir as missões devido aos bugs. A Sony, inclusive, passou a aceitar pedidos de reembolso, algo raro em grandes títulos de console.

O Veredito: Gênio ou Fracasso Anunciado?

Então, MindsEye será o pior jogo de 2025? É cedo demais para um veredito tão extremo. O potencial para uma obra-prima está ali, inegável. Se a Rebel Minds conseguir realizar sua visão, estaremos diante de um marco na história dos videogames, um título que redefinirá o gênero de RPG de ação.

Contudo, os sinais de alerta não podem ser ignorados. A história da indústria está repleta de projetos excessivamente ambiciosos que desmoronaram sob o próprio peso. A complexidade do gameplay e os desafios técnicos representam uma corda bamba sobre a qual os desenvolvedores estão se equilibrando.

O sucesso de MindsEye dependerá inteiramente das próximas atualizações. A linha que separa a inovação revolucionária da confusão frustrante é tênue. O título pode ser o “Game of the Year” de 2025 ou a maior decepção da geração.

Se o estúdio conseguir recuperar a confiança dos jogadores com atualizações significativas, talvez ainda haja esperança. Mas, por ora, o game dos criadores de GTA figura entre os piores do ano. Resta-nos aguardar e torcer para que o talento dos ex-criadores de GTA prevaleça sobre a ambição desmedida. E você, o que achou de MindsEye?

Estéfani Oliveira

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